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Filmes LGBT: 10 Filmes Gays que você precisa ver no Prime Video

Explorar filmes gays e filmes LGBT vai muito além do entretenimento — é uma forma de celebrar o orgulho, a diversidade e as histórias que dão voz às vivências da comunidade LGBTQIAPN+. O cinema tem um poder único de traduzir emoções, lutas e afetos com profundidade, e pensando nisso, reunimos 10 títulos imperdíveis disponíveis no Prime Video que abordam temas queer com sensibilidade, autenticidade e impacto.

Dos romances intensos aos dramas que escancaram injustiças sociais, cada título aqui é uma oportunidade de ver o mundo com outros olhos — e, quem sabe, se enxergar com mais verdade.

Carol (2015)

Com uma elegância que atravessa décadas, Carol se firmou como uma das obras mais impactantes do cinema queer contemporâneo. Com direção de Todd Haynes, o filme narra a relação sutil e profunda entre duas mulheres vivendo na Nova York da década de 1950 — um período em que o amor entre pessoas do mesmo sexo era vivido às escondidas, cercado por repressões e silêncios.

Cate Blanchett e Rooney Mara entregam atuações que dizem mais com os olhos do que com palavras, num drama sutil e poderoso, adaptado do romance de Patricia Highsmith. A fotografia, os figurinos e a atmosfera do filme criam uma aura entre o desejo e o interdito, entre o que se quer viver e o que a sociedade permite. Embora não tenha levado nenhuma estatueta na cerimônia do Oscar, o legado de Carol fala mais alto que qualquer prêmio.

Vermelho, Branco e Sangue Azul (2023)

Baseado no romance de sucesso de Casey McQuiston, Vermelho, Branco e Sangue Azul surgiu como uma grata surpresa, conquistando o público de forma inesperada. A trama gira em torno de um relacionamento envolvente — e socialmente complicado — entre Alex Claremont-Diaz, filho da presidente dos EUA, e Henry, um príncipe do Reino Unido.

Matthew López, que assina direção e roteiro, entrega um filme jovem, divertido e com alma. Não é só sobre dois caras se apaixonando — é sobre quebrar barreiras em lugares onde a tradição pesa, como na política e na monarquia. Leve sem ser superficial, ousado sem ser forçado, o filme acerta em cheio no tom e faz jus ao clima provocante do material original, conquistando o coração do público jovem com uma representatividade que realmente conversa com a atual geração.

O Mau Exemplo de Cameron Post (2018)

Adaptado do livro de Emily M. Danforth, O Mau Exemplo de Cameron Post apresenta uma narrativa sensível e intensa sobre uma adolescente que é internada em uma instituição voltada à chamada “cura” da orientação sexual. O tema, duro e real, ganha nuances emocionais nas mãos da diretora Desiree Akhavan, que conduz o filme com equilíbrio entre a dor e a leveza.

Chloë Grace Moretz entrega uma de suas performances mais maduras no papel de Cameron, uma adolescente que precisa lidar com a culpa imposta pelos outros, enquanto descobre aos poucos o valor de ser quem é. O longa evita o sensacionalismo e foca nas relações, nos olhares e na força de quem, mesmo dentro de uma instituição opressiva, encontra solidariedade nos vínculos formados. Um filme sobre resistência, descoberta e, acima de tudo, liberdade.

Boy Erased: Uma Verdade Anulada (2018)

Também lançado em 2018, Boy Erased levou para o centro do debate uma realidade difícil, mas urgente: a prática cruel dos acampamentos de “conversão” sexual. Inspirado na autobiografia de Garrard Conley, o filme dirigido por Joel Edgerton aborda com firmeza e empatia os impactos devastadores provocados por essa forma de violência institucional contra pessoas LGBTQIAPN+.

Lucas Hedges interpreta o protagonista com uma intensidade silenciosa, revelando o sofrimento interior de alguém que, pressionado pela família e pela religião, é forçado a negar sua identidade. O elenco ainda conta com Nicole Kidman e Russell Crowe em papéis densos como os pais que, acreditando estar fazendo o certo, entregam o filho a um sistema de repressão. Mais direto e didático do que Cameron Post, Boy Erased é um alerta necessário, um retrato cru de como o preconceito pode se disfarçar de cuidado.

Mais que Amigos (2022)

Cheio de energia e autenticidade, Mais que Amigos é uma comédia romântica que se assume como queer do começo ao fim — e se diverte com isso. A história acompanha Bobby e Aaron, dois homens com estilos de vida bem diferentes que se aproximam aos poucos, entre encontros desajeitados, dúvidas internas e tentativas de se proteger da vulnerabilidade que o amor exige.

Billy Eichner brilha com seu humor sarcástico e sem filtro, enquanto Luke Macfarlane traz um equilíbrio mais contido ao par romântico. A produção vai além do humor e oferece uma representação sincera dos desafios emocionais e das incertezas que fazem parte da realidade de muitos casais LGBTQIAPN+ nos dias atuais. E o mais bacana: o elenco é quase todo composto por pessoas da própria comunidade, reforçando o compromisso com a representatividade real. Uma comédia charmosa e moderna, que não tenta se moldar aos moldes tradicionais — pelo contrário, ela cria os seus próprios.

Moonlight: Sob a Luz do Luar (2016)

Poucos filmes conseguiram unir delicadeza, profundidade e força simbólica como Moonlight. Sob a direção sensível de Barry Jenkins, a narrativa acompanha a vida de Chiron, um jovem negro gay que cresce em uma comunidade periférica de Miami, enfrentando uma realidade marcada por abandono, solidão e descobertas.

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A narrativa acompanha o protagonista em três momentos distintos da vida, com cada fase sendo vivida por um ator diferente — Alex R. Hibbert, Ashton Sanders e Trevante Rhodes —, o que resulta em um retrato delicado, envolvente e repleto de sutilezas. Ao invés de buscar respostas prontas, Moonlight mergulha nas perguntas que habitam o coração de quem tenta entender quem é num mundo que insiste em não acolher.

A iluminação, os silêncios, os olhares e as palavras não ditas fazem parte da poesia visual dessa obra-prima que marcou o Oscar ao se tornar o primeiro filme com temática LGBTQIAPN+ e elenco majoritariamente negro a vencer como Melhor Filme. Um clássico moderno que toca fundo e permanece reverberando, sempre que é revisitado.

Cassandro (2023)

Entre a realidade e o espetáculo, Cassandro nos apresenta a história real de Saúl Armendáriz, um lutador que desafiou padrões conservadores ao assumir nos ringues um personagem queer, com brilho, presença e uma força que vai muito além da física. No universo da lucha libre mexicana, onde os “exóticos” costumam ser alívio cômico ou vilões, Cassandro se destacou por um motivo raro: ele virou herói.

Dirigido por Roger Ross Williams, o filme mergulha na trajetória de Saúl com sensibilidade, revelando como ele encontrou sua força ao parar de esconder quem era. No papel principal, Gael García Bernal brilha ao retratar com intensidade as lutas e conquistas de um homem que encontrou sua força ao desafiar os padrões de um ambiente marcado pela masculinidade tradicional. Uma história vibrante, que se desenrola tanto nas lutas quanto fora delas, com emoção de sobra em cada cena.

Capote (2005)

Levar a complexidade de Truman Capote para as telas não é algo fácil — e é justamente nesse desafio que Capote se destaca. Com uma performance marcante de Philip Seymour Hoffman, que lhe garantiu o Oscar de Melhor Ator, o longa retrata a fase em que o autor se envolve profundamente na investigação que inspiraria seu livro mais impactante, A Sangue Frio, considerado um divisor de águas no jornalismo narrativo.

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Mais do que uma cinebiografia comum, o longa dirigido por Bennett Miller revela o conflito entre o gênio criativo e a fragilidade humana de Capote, especialmente em relação aos laços afetivos e dilemas morais que o caso lhe trouxe. Hoffman constrói um retrato denso, cheio de camadas e vulnerabilidades, que vai muito além da figura pública excêntrica. É um drama envolvente que mostra a complexidade de um homem queer lidando com a fama, a solidão e a própria consciência.

Tio Frank (2020)

Sob a direção de Alan Ball — o nome por trás de clássicos LGBTQIAPN+ como A Sete Palmos e True BloodTio Frank oferece uma abordagem tocante e pessoal sobre identidade, família e reconciliação. A história acompanha Beth, uma jovem que decide viajar de Nova York ao sul dos Estados Unidos com seu tio Frank e o companheiro dele, Wally. Ao retornarem à cidade natal para um funeral familiar, antigos traumas e segredos vêm à tona.

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Paul Bettany entrega uma performance comovente, interpretando um homem que passou a vida tentando conciliar quem é com o que sua família esperava dele. O filme trata com cuidado as marcas emocionais deixadas pelo preconceito, mas também abre espaço para momentos de leveza, acolhimento e até esperança. Ao lado de Peter Macdissi e da encantadora Sophia Lillis, Tio Frank emociona sem apelar, e deixa no ar uma pergunta necessária: quantas verdades cabem dentro de um mesmo silêncio?

Retrato de Uma Jovem em Chamas (2019)

Dirigido por Céline Sciamma, Retrato de Uma Jovem em Chamas é um daqueles filmes que se desenrolam como poesia. Situado no século XVIII, o filme acompanha a relação profunda que se desenvolve entre Marianne, uma pintora contratada para retratar Héloïse — uma jovem da nobreza prometida em casamento a um homem que jamais conheceu. Mas o que começa como um trabalho formal logo se transforma em algo mais íntimo e profundamente transformador.

Sciamma constrói cada plano com o cuidado de quem pinta um quadro. A relação entre as duas protagonistas floresce sem pressa, em silêncios cheios de significado, olhares que dizem mais que mil palavras, e toques que parecem eternos. A diretora se recusa a filmar o desejo feminino com os filtros habituais do olhar masculino — aqui, tudo é feito a partir da experiência e do corpo da mulher. O resultado é um romance intenso, cheio de beleza e dor, sobre um amor que foi real, mesmo que tenha sido passageiro.

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Quais são os filmes gays em alta?

Quais são os filmes gays em alta O Mau Exemplo de Cameron Post (2018)

Atualmente, alguns dos filmes gays em alta no Prime Video incluem títulos premiados e queridinhos do público LGBTQIAPN+. Entre os destaques estão Moonlight: Sob a Luz do Luar, vencedor do Oscar de Melhor Filme; Vermelho, Branco e Sangue Azul, um romance moderno com pegada jovem; e Carol, um clássico contemporâneo sobre amores proibidos nos anos 1950.

Além deles, produções como Mais que Amigos e Cassandro vêm ganhando espaço por trazerem representações honestas e emocionantes de histórias queer. Esses filmes LGBT combinam visibilidade, qualidade narrativa e temas atuais — por isso, estão entre os mais comentados e assistidos do momento.

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